Os efeitos destruidores da pandemia da COVID-19 atingiram duramente o setor de aviação do Brasil
Aqueles que trabalham na indústria de aviação do Brasil podem ser perdoados por pensarem que conceitos como positividade, oportunidade e recuperação estão atualmente em falta. Mais do que qualquer outro setor, os efeitos destruidores da pandemia da COVID-19 atingiram duramente o setor de aviação do Brasil. De acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o tráfego brasileiro de passageiros caiu 48% entre janeiro e fevereiro de 2021 em relação ao ano anterior.
No entanto, embora o setor enfrente muitos desafios, os motivos para otimismo construtivo não são tão escassos quanto se poderia supor. Essa é uma das principais conclusões do Rastreador de Confiança de Passageiros de 2020 da Inmarsat, uma pesquisa global de passageiros de companhias aéreas que buscam entender as atitudes dos passageiros em viajar e voar após a pandemia do coronavírus.
Conduzida em outubro de 2020, a Inmarsat, líder mundial em comunicações móveis por satélites globais com uma forte posição mundial em conectividade em voo, encomendou da Yonder uma pesquisa com 9.500 pessoas em 12 países ao redor do mundo, incluindo 1.009 brasileiros, todos os quais haviam realizado pelo menos um voo nos últimos 18 meses. As perguntas feitas foram uma tentativa de absorver e reconhecer os níveis de confiança dos passageiros em diferentes estágios de suas jornadas e seus pensamentos sobre a resposta da indústria à pandemia.
COVID-19 mudou tudo
Talvez sem surpresa, 2020 alterou a dinâmica da indústria de aviação do Brasil. A longo prazo, 85% dos brasileiros entrevistados afirmam que seus hábitos de viagem vão mudar – mesmo depois que a pandemia tiver diminuído. Quase 20% dizem que vão voar menos.
Confiança ou Cuidado?
Quanto mais você divide os dados – por sexo, idade e tipo de viajante – mais outros padrões começam a surgir. Globalmente, as mulheres estão menos confiantes ao longo da viagem, e os passageiros mais velhos – aqueles com mais de 65 anos – têm três vezes (24%) mais probabilidade de esperar até que haja uma vacina amplamente disponível antes de voar novamente, do que aqueles com idade entre 25-34 (8%).
Os passageiros frequentes (aqueles de todas as idades e nacionalidades que fizeram mais de cinco voos em 2019) são os mais confiantes em cada etapa da viagem e, aqueles que se identificam como altamente cautelosos, são os menos confiantes.
Analisar os pensamentos dos entrevistados quando se trata de risco também é esclarecedor. Quando os brasileiros foram questionados sobre o que os impedia de voar, o medo de pegar o vírus no exterior veio em primeiro lugar (66%), porém foi seguido por pegar o vírus no aeroporto ou em um avião (62%).
A tecnologia pode atender às necessidades dos passageiros
Outro insight importante centraliza-se no papel que a tecnologia desempenha no aumento da confiança em todas as fases da viagem. Com a segurança em primeiro lugar na mente dos passageiros, uma grande proporção diz que a tecnologia digital é reconfortante. A tecnologia que aumenta a confiança dos passageiros pode ser dividida em dois campos: aquela que os capacita ao fornecer informações e aquela que minimiza o contato dos passageiros com as tripulações das companhias ou com outros passageiros.
As mudanças motivadoras da escolha do passageiro
Gerenciando as percepções dos passageiros e reduzindo os equívocos
Como outras indústrias, o setor de aviação do Brasil tem um longo caminho a percorrer antes de atingir qualquer coisa reconhecida como “normal”, mas o Rastreador de Confiança de Passageiros demonstra que há oportunidades para as companhias aéreas trazerem os passageiros de volta aos céus.